Carreira - Cargos e Salários

Como trilhar seu caminho em direção ao mercado de trabalho?

Este artigo visa indicar quais são os caminhos para poder eleger com o discernimento a melhos instituição para estudar tecnologia de acordo com as tendências vigentes no mercado de TI.

por Juliana Prado Uchôa



Quando pensamos em iniciar a nossa carreira profissional logo imaginamos a possibilidade de realizarmos um curso superior na área de Informática. Seja este curso de longa ou curta duração. Muitas vezes pela falta de informações acabamos não compreendendo exatamente o que se pode esperar de uma instituição de ensino e do curso que escolhemos.

Para se compreender qual modalidade de curso melhor se adequa as suas necessidades e expectativas profissionais.

Por isso vamos agora visualizar o que há em cada curso:

No curso de Graduação visualizamos os seguintes itens:
  • Este curso tem a duração de 4 anos ou 5 anos em média
  • Por possuir uma carga horária maior as matérias são constituídas de ciclo básico e ciclo especialista
  • Pela razão acima consegue introduzir conceitos essenciais na inserção de novos profissionais
  • Confere ao aluno diploma de curso superior, fundamental para quem deseja fazer.
Pós-graduação

Enquanto no curso tecnológico visualizamos estes outros:
  • Por ser uma formação mais específica está voltada para atender áreas mais delimitadas do mercado de trabalho
  • Sua duração em média é de 2 anos a 2 anos e meio dependendo do curso
  • Ao realizar este curso se pode dar seqüência aos estudos realizando uma pós - graduação.
  • Sua grade curricular foca muito mais o desenvolvimento de atividades, ou seja, não se tem tempo para fundamentar o que há por trás desses processos como em uma graduação de 4 anos.
E no curso seqüencial percebemos semelhanças como curso tecnólogo. Mas este possui uma diferença estrutural muito grande do curso acima.

Porque o seu objetivo é basicamente qualificar uma mão de obra que já se encontra atuando no mercado e isto se pode perceber visualizando as características enumeradas abaixo.
  • Sua duração é mais curta e a formação mais específica.
  • Porém existem dois tipos de cursos seqüenciais: os de complementação de estudos, que não conferem diploma e, assim, não são válidos para que o profissional dê continuidade aos estudos com pós-graduações.
  • E a outra modalidade são cursos seqüenciais de formação específica, que conferem diploma, válido apenas como quesito para a pós-graduação lato sensu.
  • Neste curso as matérias estão focadas em demonstrar o quanto os conhecimentos que foram adquiridos previamente na realização das tarefas no cotidiano empresarial podem ser aliados com conhecimentos acadêmicos.
Porém na conjuntura em que estamos vivendo na educação Brasileira os cursos tecnólogos que tendem a ser mais objetivos e condizentes com a realidade mercadológica agora estão assumindo um papel de inserir jovens ao mercado de trabalho que muitas vezes não possuem conhecimentos elementares e por isso que a grade do curso vem sofrendo muitas mudanças levam a descaracterização com um curso de complementação e hoje assumem o papel de uma mini-graduação.

Devido a serem mais acessíveis que uma graduação tradicional e também por possuírem uma carga horária mais flexível.

Devido aos fatos acima citados percebemos que muitas universidades estes são os cursos que possuem mais estudantes matriculados e no decorrer do ano se iniciam inúmeros processos seletivos para a formação de novas turmas em muitos casos estes jovens em sua maioria acabaram de finalizar os seus estudos do ensino médio e não possuem nenhuma experiência profissional na área elegida e nem contato diário com tecnologia.

Para os tecnólogos poderem realmente cumprir a sua proposta de complementação de conhecimentos.

Eles teriam de possuir uma grade curricular mais flexível e abrangente para moldurar as necessidades existentes no mercado e possuírem uma série de atividades realizadas nos laboratórios de informática baseado em projetos de grandes empresas para poderem inserir no processo tecnológico existentes nas grandes empresas e assim se poder criar uma maior aproximação entre o conteúdo ensinado nas instituições com a realidade mercadológica.

Para poder diferenciar realmente a proposta existente em curso tecnólogo em relação a um curso de bacharelado se tem de entender que não é só a carga horária que os diferencia e sim as propostas existentes em cada um deles.

Por isso as universidades deveriam montar uns workshops para os futuros estudantes entenderem estas diferenças e assim poderem estar mais preparados para escolherem um curso adequado para a sua necessidade.

Porém nem todas as instituições cumprem com estas definições por causa do fenômeno que já conhecemos

O grande crescimento de Universidades e Centros Universitários.

Eles surgem devido ao processo seletivo que ocorre nas instituições públicas que muitas vezes acabam desclassificando os candidatos oriundos na maior parte das vezes de escolas públicas.

As Universidades que estão atentas em amenizar o problema teoria versus prática que ocorre infelizmente no cenário educacional Brasileiro vêm realizando parcerias acadêmicas com multinacionais como a Microsoft, Cisco, IBM e etc.

Estas parcerias são para facilitar à aquisição de softwares para os professores e os alunos da instituição, inserção na grade curricular das soluções que as mesmas desenvolvem e oferecimento de cursos ou workshops nas tecnologias para melhor capacitarem os docentes e discentes no que há de inovador no mercado.

Citando um exemplo de parceria acadêmica que vem ocorrendo a Microsoft proporciona a seguinte forma de parceria com as instituições através de um contrato de utilização de softwares chamado MSDNAA(Microsoft Developer Network - Academic Alliance) pagando equivalente a USD499, 00!* por ano para os alunos e professores da Instituição possuir podem através de mídia ou "download", instalar o software em seus computadores pessoais, o que vai permitir a eles aumentar a possibilidade de estudo das tecnologias Microsoft e nos laboratórios da instituição também se é permitido a instalação de softwares de desenvolvimento e infra-estrutura nos laboratórios da Instituição desde que sejam utilizados para fins acadêmicos e de pesquisa.

Mas na prática muitas instituições de ensino não divulgam efetivamente as parceiras e quando visitamos a instituição e conversamos com os alunos descobrimos que eles não conhecem os convênios que a instituição possue e na maior parte das vezes terminam a graduação sem saber dos recursos disponíveis a ele que estes convênios proporcionam.

Por estarmos vivendo uma falta de infra-estrutura na universidade brasileira as parcerias não são divulgadas e nem difundidas por possuirmos questões graves que não resolvidas e algumas destas questões estão aqui enumeradas:
  • A contratação de profissionais que realizam uma pós uma determinada área tecnológica e sem nenhuma experiência acadêmica e por não possuírem uma formação em área educacional e não entendem os diferentes mecanismos existentes no processo de ensino e gera-se um constante estresse na relação aluno professor e como isto não bastasse os profissionais ao trabalharem anos na área de tecnologia adquirem preferências por determinada tecnologia. E a aversação tecnológica por parte destes profissionais em relação a determinadas tecnológicas por estarem habituados a trabalharem com determinada tecnologia e repassam aos alunos a sua opinião e acaba se dando o fenômeno de segregação tecnológica e isto atrapalha e muito no processo de uma formação acadêmica variada que é primordial importância em um curso de bacharelado.

  • Este fato gera o não entendimento por parte dos estudantes em relação ao conteúdo que lhes é repassado e isso é uma amostra do que o despreparo dos professores provoca. Pois muitas vezes este não entendimento das disciplinas gera a desmotivação e desinteresse por parte dos estudantes e muitas vezes o fechamento de turmas de bacharelado ou enxugamento das mesmas é algo inevitável.
Para a modificação deste paradigma o coordenador deve estar atento para a contratação de professores que possuam conhecimento técnico da disciplina e também uma formação complementar na área educacional, proporcionarem divulgação de convênios e parcerias que a instituição possua para assim os alunos poderem se beneficiar diretamente destes recursos, incentivar a realização de eventos acadêmicos e técnicos na instituição para o aluno possa visualizar o emprego destas de uma forma objetiva e dinâmica para assim poder complementar a sua formação acadêmica, formação de grupos de pesquisa em tecnologias em horários flexíveis e inserção de projetos intradisciplinares nos cursos de tecnologia e computação onde as diferentes pudessem interagir na construção de um projeto e que este fosse modulado de acordo com o passar dos semestres.

Nos cursos de bacharelado e tecnólogos por definição deveriam em essência ser constituída em duas partes:
  • Formação Básica: Neste ciclo o aluno é introduzido à parte conceitual da computação como por exemplo: Introdução à computação, Arquitetura de computadores, Estruturas de dados e etc.
  • Formação Tecnológica: Neste ciclo o aluno é apresentado a novas tecnologias e tendências existentes no mercado. Por exemplo: Inteligência artificial, Linguagem Orientada a Objeto, E-Commerce e etc.
Mas isto não vem ocorrendo como deveria na maioria das instituições por estarem com o objetivo de proporcionar uma formação meramente acadêmica ou oposta para se atingir um modelo ideal a instituição deveriam unir os dois ciclos de formações através de projetos intradisciplinares coligados e também a realização de seminários onde os temas ser coligados através destas apresentações, realização de semana de informática, campeonatos de informática onde se existisse várias categorias referentes às matérias existentes no curso para efetivamente os estudantes obterem uma formação de acordo com as necessidades do mercado.

Para um curso de tecnologia ou bacharelado possuir a neutralidade tecnológica necessária à instituição deve possuir professores especialistas em diversas tecnologias e estas mesmas devem igual importância na grade curricular dos cursos para assim se evitar a visão tendenciosa em relação a essa ou aquela tecnologia.

Com este modelo implementado pela USP (Universidade São Paulo) percebemos claramente como deve acontecer às relações com as novas tecnologias existentes.

Porque percebemos que neste modelo se enfatiza a questão prático-teórica em que as tecnologias MS são disseminadas basicamente destas formas:
  • O MSDNAA, que oferece software gratuitamente aos estudantes e professores da instituição.
  • Células acadêmicas, que são os alunos tomando a iniciativa de aprender. E em alguns casos se chega ao ponto máximo, que é a adoção curricular, ou seja, quando um professor adota a tecnologia MS em alguma disciplina corrente.
  • Por a USP ter o MSDNAA e também um laboratório doado pela MS onde se pode estudar e desenvolver com as tecnologias da MS.
Quando pensamos em ingressar em uma Universidade não podemos nos esquecer que há várias vertentes em que podemos construir nossas carreiras no mundo de TI.

Por esta razão devemos verificar se a instituição mantém convênios como organismos de pesquisa como CNPQ(Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), PBIC(Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica)e entre outros órgãos responsáveis em formar novos pesquisadores e propor alternativas viáveis para melhor desempenho de tecnologias atuais como também a criação de novas ferramentas e a instituição que proporcionar este âmbito de pesquisa aos discentes está em realidade favorecendo o crescimento de demanda acadêmica e fazendo com que estes compreendam que o processo de pesquisa cientifica de suma importância para uma amplitude de visão em relação a mercado de trabalho e também vislumbrem uma possibilidade de carreira no meio acadêmico e cientifico.

Como fazer com que efetivamente funcionem na prática estas parcerias como os órgãos científicos?
  • Favorecer a criação de simpósios,semana científica, grupos de estudo.
  • Elaboração de publicações cientifica em que visem incentivar, divulgar projetos de pesquisa existentes na instituição.
  • E que em sala de aula os próprios docentes enfatizem a importância da pesquisa cientifica através da realização de seminários com temas atuais e que nesse processo de busca de informação do tema proposto ao seminário incentivando a ida á biblioteca que deve sempre buscar estar mais atualizada com publicações técnicas e cientificas e também a sites que são referências na pesquisa do tema proposto.
  • Realizando estas ações poderíamos visualizar a união ideal da instituição como academia que proporciona conhecimento cientifico e ao mesmo tempo se fornece subsídios para o mercado de trabalho. Pois temos de imaginar que o mercado não é algo onde só possa trabalhando desenvolvendo em grandes empresas, ou gerenciando projetos de Infra-estrutura, por exemplo.
Se há carência de profissionais que dediquem ao meio acadêmico na área de pesquisa e também docência e ai está uma oportunidade de intercâmbio com outros países.

Pois o Brasil é um grande referencial nas áreas de pesquisa computacional, médica e entre outras.

Apesar dos fatos apresentados acima devemos nos preocupar se a instituição oferece cursos de idiomas ou possue convênios com escolas deste ramo.

No mercado de trabalho quanto para a área acadêmica o conhecimento da língua inglesa é importantíssimo. Porque como sabemos a maior parte dos materiais técnico - cientifico são oriundas deste idioma.E por mais que hajam algumas boas traduções em língua portuguesa devemos nos ater ao fato que entender e compreender um idioma sempre é um diferencial em processos seletivos de qualquer natureza.

O Ambiente em sala de aula deve estar de acordo com que há de mais moderno em tecnologia para se poder proporcionar um dinamismo maior nas aulas fazendo com que se desperte interesse nos conteúdos apresentados como por exemplo: lousa eletrônica,notebooks para se serem usados em sala com conexão WI-FI,equipamento de data show e outros itens que facilitam o dinamismo e melhor percepção das informações.

A instituição deve investir em uma estrutura necessária os laboratórios de Informática,salas de aulas,bibliotecas. E não investir em uma infra-estrutura semelhante ao de um Shopping-center. Pois não engrandece em nada a formação e sim faz com se tenha um maior déficit nas aulas.

Porque não devemos pensar em uma Universidade como uma extensão do ensino médio e sim como um local onde iremos passar algum tempo de nossas vidas para nos formamos como profissionais e pensadores de TI . Porque neste local iremos investigar os processos essenciais ao funcionamento,gerenciamento e manutenção de tecnologias já existentes como também aprendermos a desenvolver novas tecnologias e para isso não devemos nos enganar com falsas propagandas de TV, Outdoors ou informações irreais contidas em muitos sites de algumas instituições.

A questão é não escolher essa ou aquela instituição e sim ficar atento ao que realmente se deseja para o futuro profissional. se você possue dúvidas sobre qual formação escolher ou que se a área escolhida tem possibilidades de crescimento a longo prazo. Procure consultar sites como http://www.apinfo.com para assim você saber o que realmente está acontecendo no mercado e assim poder traçar o perfil ideal de sua formação e assim poder iniciar a sua pesquisa em busca da melhor instituição que se seria melhor para a realização de estudos.

Para quem desejar pesquisar tendências cientificas no mundo computacional entrar nos sites http://www.sbc.org.br e http://www.inpe.br/pibic/ .Pois verificar as referentes de pesquisas nas áreas de Robótica,Inteligência artificial e também a questão de materiais de estudo interessantes sobre o que há de novo e informações sobre eventos e cursos que ocorrem em todo o território nacional,existência de projetos que foram realizados ao longos dos anos por instituições de ensino e outras questões revelantes para a compreensão do modelo cientifico Brasileiro.

Afim de se realizar uma boa escolha além de se levar em consideração toda a explanação acima e para se evitar problemas futuros você antes de realizar a matricula em qualquer instituição tem-se de agendar uma visita para analisar a localização, a infra-estrutura dos laboratórios de informática, agendar para assistir uma aula do semestre inicial do curso e também agendar uma conversa com o coordenador do curso e visitar o site da instituição para ver se os cursos são autorizados ou reconhecidos pelo MEC e visualizando o número de inscrição do curso desejado e nunca se esquecer de visitar o site http://www.mec.gov.br para verificar a autencidade das informações que estão no site da instituição.

O MEC avalia a questão curricular dos cursos de tecnologia e computação em todo o território nacional conta com o apoio da SBC (sociedade brasileira de computação).

Pois com este apoio é possível montar grades curriculares que auxiliem no processo de formação profissional dos estudantes.

Para a comprovação desta parceria o MEC realiza em instituições de todo o Brasil o ENADE(exame nacional de desempenho dos estudantes) funciona da seguinte forma possue 30 questões de cada disciplina do curso e avaliação é constituída por questões de múltipla escolha, discursivas, soluções-problema e estudo de caso.

Devido a estas informações ficarem dispersas muitos estudantes acabam avaliando critérios superficiais para se matricularem em uma graduação tradicional ou tecnológica e acabam não entendendo que não é possuindo um diploma que já está pronto para ingressar no mercado de trabalho E sim ter estado em contato com um ambiente universitário que o tenha proporcionado teoria necessária para o conhecimento estrutural das tecnologias aliado a esse processo projetos práticos que unem os conhecimentos teóricos existentes na matéria de algoritmo na elaboração de melhores metodologias de criação de projetos de sistemas.
Juliana Prado Uchôa

Juliana Prado Uchôa - Estudante de ciência da computação na Uninove- VL.MARIA – atualmente ministra palestras em universidades sobre a tecnologia .NET.