Desenvolvimento - Delphi

Eu não estou sozinho

Este texto visa levantar discussão sobre a melhores práticas de valorização do profissional de informática e de seus serviços.

por Joselito Nascimento



Este texto visa levantar discussão sobre a melhores práticas de valorização do profissional de informática e de seus serviços.

Caros colegas, como muitos de vocês, sou um programador que ama o que faz, de outra forma não seria programador não é mesmo?

E como muitos de vocês, quando estou com alguma folga, coisa rara, ou quando estou com a cabeça fervendo, e não conseguindo escrever uma linha de código sequer, situação mais comum, costumo navegar por algums sites feitos por nós e para nós programadores. Em alguns, estrategicamente posicionados, existem foruns para "galera" postar curriculum, anunciar livros usados, revistas entre outras tantas coisas que se permite oferecer.

É num ponto específico desse universo que pretendo me focar: o anúncio ou oferta de softwares feitos pela "galera".

Existe muita coisa boa, sem dúvida, produtos de excelente qualidade oferecidos por um preço justo, esses merecem os nossos aplausos, entretanto existem alguns que me preocupam, não o produto em si, mas como a prática de sua comercialização, pode afetar no nosso dia a dia.

Sendo mais específico, a pouco vi um desses anúncios. O que me motivou a escrever esse artigo no qual o "cara" oferecia um excelente aplicativo financeiro, em Delphi, que funcionava a cinco anos em algumas empresas, inclusive multinacionais, pela estonteante quantia de R$ 15,00 (quinze reais), coloquei por extenso pra não deixar dúvidas, e o mais importante, com os fontes.

Meus amigos imaginem uma praça de táxi, onde todos cobram uma bandeirada de R$ 3,00 (três reais), e alguém acredita que possa oferecer o serviço a R$ 0,10 (dez centavos) e ainda por cima, com direito a café, jornais do dia, revistas da semana e serviço de massagem relaxante, com certeza haveria fila de espera para andar nesse táxi.

Quero deixar bem claro, que sou defensor fervoroso da livre concorrência, e cada um deve estipular seus preços de acordo com a sua convicção, com base nos seus custos e na expectativa de retorno dos seus investimentos, entretanto, acho que não precisamos ser mágicos, para perceber o que é exeqüível e o que não é. E em situações extremas como a do software que citei acima, pergunto, o que devemos fazer ? Devemos nos calar ? Fingir que não é conosco? Que isso não nos afeta? Ou devemos tentar nos organizar e criar mecanismos que balizem diretrizes a serem seguidas, para um bem comum?

Afinal, acredito que eu não estou sozinho, e o que eu faço, ou deixe de fazer, de uma forma ou de outra sempre afeta alguém em algum lugar.
Joselito Nascimento

Joselito Nascimento