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As origens da virtualização

Um dos questionamentos dos céticos em relação à virtualização é sobre a maturidade da tecnologia. Muitos possuem a concepção de que virtualização é muito novo, recente, e portanto mais um dos modismos que deve ser evitado.

por Fabio Hara



Um dos questionamentos dos céticos em relação à virtualização é sobre a maturidade da tecnologia. Muitos possuem a concepção de que virtualização é muito novo, recente, e portanto mais um dos modismos que deve ser evitado. Para melhor resumir a linha de tempo sobre virtualização separei os principais acontecimentos:

· 1959 – “Time sharing in Large Fast Computers”

o John McMarthy

· 1961 – MIT´s CTSS: Time Share @ IBM 7094

· 1963 – MIT´s Multics : proteção, multi-user

· 1960´s – IBM M44/44X Hardware + VMs (44X)

· 1967 – IBM 360 Modelo 67 c/ Memória Virtual

o Criação de 360s virtuais

· 1969 – Unix

· 1972 – VM/370

· 1988 -- Connectix

· 1995 – MIT Exokernel

· 1998 – VMWare – fundação

· 2000 – Linux em zSeries

· 2003 – Xen

· 2004 – Virtual Server 2005

· 2005 – Virtual Server 2005 R2

· 2008 – Hyper-V

Um detalhe que é muito importante refere-se ao fato de muitos alegarem que a Microsoft é nova neste mercado de virtualização. Na verdade é possível afirmar que a Microsoft possui a tecnologia de virtualização desde 1988. Neste período surge a Connectix, uma empresa que comercializava as versões iniciais do Virtual PC. Após a compra da Connectix muito dos engenheiros e desenvolvedores foram para os times de virtualização da Microsoft e inclusive muitos trabalharam nos projetos do Virtual Server e mais recentemente do Hyper-V (conhecido anteriormente pelo Codenome Viridian).

Cenários para Virtualização

Agora que já passamos por algumas definições e um pouco sobre a origem da virtualização então é hora de entender quais cenários a virtualização pode ser utilizada.

1. O primeiro cenário de uso da virtualização é o de escritórios remotos. Este modelo possui as seguintes características:

a. Uma matriz contendo um Datacenter

b. Escritórios remotos (filiais) com alguns servidores.

Aqui entra o cenário da Virtualização de Aplicação, Virtualização de Apresentação e Virtualização de Servidor.

· Na Virtualização de Aplicação você pode virtualizar aplicativos que são incompatíveis entre si, tornando possível sua utilização simultaneamente com outros aplicativos conflitantes no mesmo desktop.

· A Virtualização de Apresentação oferece vários benefícios para este cenário, pois:

o Elimina a necessidade de ter aplicativos instalados localmente nos desktops dos usuarios das filiais

o Manutenção e suporte aos aplicativos para uma filial é centralizado

o Reduz a necessidade de upgrades elevados para os desktops da filial

· E para finalizar a virtualização de Servidor ajuda a reduzir custos de manutenção de hardware de servidores da filial, consolidação de hardware e tambem redução no consumo de energia e nos contratos de manutenção de hardware.

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2. O segundo cenário é muito comum em empresas que possuem um processo de teste e homologação.  Um cenário válido de teste é aquele que apresenta praticamente o maior grau de semelhança com o ambiente de produção. Isto significa que se determinado servidor na produção possui 1 DLL corrompida, a mesma deve existir no seupar localizado no ambiente de teste e homologação. Uma vantagem quando todos os servidores de produção estão virtualizados é justamente a facilidade de replicar suas imagens para ambientes de teste e homologação, permitindo maior semelhança.

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3. O terceiro cenário é o mais comum de todos, pois acaba sendo o foco principal de qualquer projeto de virtualização. Trata-se do cenário de consolidação de servidores. Cada vez mais é falado sobre Green IT (ou TI Verde), pois a preocupação com consumo de energia é cada vez maism preocupante. As vantagens deste cenário são:

a. Redução de custo com espaço físico: empresas que possuem servidores em datacenters de terceiros pagam pelo espaço em rack utilizado pelos seus servidores e a virtualização pode ajudar muito neste aspecto.

b. Redução em consumo de eletricidade:  Aqui acvaba sendo um dos primeiros pontos perceptíveis de impacto na economia com virtualização.

c. Redução de contratos de manutenção e gerenciamento: quando é feito a aquisição de um servidor é importante tambem ter um contrato de manutenção do mesmo. Afinal um equipamento crítico de uma empresa possui SLA, e isto tem um custo razoável, dependendo do nível de SLA contratado.

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Outra grande dúvida que surge nos projetos de virtualização é a redundância. Se você planejou apenas 1 único servidor físico comportando várias maquinas virtuais (e não planejou uma tolerância em caso de falha da mesma) entao acabou de criar um ponto único de falha (SPOF – Single Point of Failure). 

Neste aspecto existem formas para prover contingência. Uma das formas mais utilizadas é o Clustering. Nesta modalidade 2 ou mais maquinas configuradas em Cluster (é necessário sistemas operacionais específicos) trabalham como Hosts de virtualização. Em caso de falha de uma das maquinas Host que estava gerenciando determinada VM (virtual machine / maquina virtual) o controle do Cluster se encarrega de repassar o controle da VM para outro nó (servidor membro do Cluster).

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Da mesma forma que é possível fazer o Cluster nos servidores Hosts também é possível implementar o Clustering nas próprias maquinas virtuais, lembrando que o sistema operacional destas maquinas virtuais deve suportar Clustering.

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Agora vamos abordar quais são as tecnologias mais comuns de virtualização e detalhar como funcionam.

Fabio Hara

Fabio Hara - Um dos primeiros MVPs (Most Valuable Professional) de infra-estrutura do Brasil, além de MCTS, MCITP, MCSA, MCSE, MCITP e MCT, com mais de 14 anos de experiência no mercado de infra-estrutura de redes Microsoft. Atuou em muitos cases da Microsoft e hoje ocupa a posição de Especialista em Infra-estrutura e Virtualização no time do TechNet Brasil. Sua missão é contribuir com os profissionais e comunidades de IT Pros a explorar as funcionalidades e recursos da plataforma Microsoft.

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